Wednesday, October 19, 2005

Crónica sobre a comunicação social sensacionalista





Todos nós sabemos que a televisão é o consumo diário mais usada em Portugal, senão vejamos: Quando passa um jogo de futebol, uma telenovela ou o jornal da noite toda a gente se pega ao televisor esperando pelo seu programa. Aliás não é para mais, a TV anda cada vez mais sensacionalista, os diários jornalísticos usam e abusam dos recursos expressivos, a tal modo de aterrorizar uma simples gripe, que não passou de um falso alarme, ou de um acidente que não passou de um simples ferido e onde se falou em mortes ou coisas do género.
São estas simples notícias que fazem com que o espectador se agarre ao televisor para ver o que não há para ver... por isso não admira que haja tantos “fãs” da TV , e da subida de audiências que se vem a verificar ao longo de cada ano.
Claro que a TV também tem coisas boas, como os programas de cultura geral, ou os filmes que fizeram furor em anos passados, ou até mesmo aqueles programas que decifram uma chave que indicará o caminho para se ser milionário e outros.
Se bem que cada um de nós deva dedicar mais tempo à leitura ou a outras coisas que induzam a um maior conhecimento.
Não se deixem enganar por aquilo que a comunicação fala. Mas há que destinguir o bom do mal
.

Uma história da poluição

Querido Diário!

Hojé é certo que será o último dia da minha vida.
Deixo-te esta página para te recordares de mim sempre que tiveres saudades minhas.
Hoje de manhã, ao sair de casa para ir para alto mar comer o meu pequeno almoço, depois de ter enfiado a cabeça dentro de água, senti algo de estranho a colar as minha asas ao corpo. Receei o pior, porque já ouvira outras gaivotas contarem o que tinha sucedido à irmã ou à prima... que também em alto mar , tentando comer foram apanhadas por aquilo e que lhes tinha sido fatal.
Para aqui chegar foram grandes as dificuldades que atravessei, pois estava em alto mar, envolta daquela substância repugnante e mal cheirosa, por isso impossibilitada de levantar voo.
Por sorte, um barco que por ali passava ao embrenhar naquela coisa, parou mesmo em frente a mim.
Com muito esforço consegui esconder-me dentro do barco sem ser descoberta. Esperei muitas horas, até que eles conseguiram pôr o motor a trabalhar, onde rumaram para terra e eu pé ante pé aqui consegui chegar.
E aqui estou eu, impregnada disto, por culpa do inferno dos mares. Julguei ao menos que o Homem fosse mais respeitador e atencioso, mas vi que me enganei, eles não se amam, porque se eles se amassem não fariam o que fazem e eu não estava assim.
Mesmo assim me despeço deles e de ti! Obrigado por me acompanhares sempre!

Tua querida Loanta... a gaivota
que te adora.

Sunday, October 09, 2005

Recursos Bibliográficos

Os recursos bibliográficos que que deram um contributo a este Trabalho foram:

- Revista Visão "especial 30 anos" nº. 580, publicado no dia 15 de Abril de 2004.

Sites visitados para recolha de informação:

&

Conclusão do trabalho escrito

Em jeito de conclusão, verifiquei ter atingido todos os objectivos que havia delineado aquando do início do trabalho.
Como tal, espero ter trabalhado o imprescindível que um "BOM PORTUGUÊS" não poderia deixar de saber.
Com este trabalho fiquei a apreciar mais ainda esta revolução ímpar no mundo, que não acabou numa guerra civil, pois o número de baixas foi reduzido (na revolução de 1974, entenda-se).
No entanto tenho plena consciência de que a luta pela liberdade continua, sem dúvida.
As gerações futuras deverão recordadar esta data para que esta História jamais retroceda!

Espero que tenham gostado deste "cheirinho" da História Portuguesa, e os meus sinceros agradecimentos por a terem lido.
Por tudo, um grande Obrigado!

Para todos uma informação

Para que possam aceder às biografias de todos os implicados na revolução, basta que com o botão esquerdo do rato, primem em cima de todos os nomes sublinhados, na ordem cronológica!!!

Saturday, October 08, 2005

Ordem Cronológica dos acontecimentos antecedentes e consequentes da revolução de 25de Abril de 1974

22 de Fevereiro
Publicação do livro Portugal e o Futuro do General António de Spínola, em que este defende que a solução para a guerra colonial deverá ser política e não militar.
5 de Março

Nova reunião da Comissão Coordenadora do MFA. É lido e decidido pôr a circular no seio do Movimento dos Capitães o primeiro documento do Movimento contra o regime e a Guerra Colonial: intitulava-se "Os Militares, as Forças Armadas e a Nação" e foi elaborado por Melo Antunes
14 de Março
O Governo demite os Generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de Chefe e Vice-Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, alegando falta de comparência na cerimónia de solidariedade com o regime, levada a cabo pelos três ramos das Forças Armadas. Essa cerimónia de solidariedade será ironicamente baptizada nos meios ligados à oposição ao regime como "Brigada do Reumático" nome pelo qual ainda hoje é muitas vezes referenciada. A demissão dos dois generais virá a ser determinante na aceleração das operações militares contra o regime.16 de Março Tentativa de golpe militar contra o regime. Só o Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha marcha sobre Lisboa. O golpe falhou. São presos cerca de 200 militares.
24 de Março

Última reunião clandestina da Comissão Coordenadora do MFA, na qual foi decidido o derrube do regime e o golpe militar.
23 de Abril

Otelo Saraiva de Carvalho entrega, a capitães mensageiros, sobrescritos fechados contendo as instruções para as acções a desencadear na noite de 24 para 25 e um exemplar do jornal a Época, como identificação, destinada às unidades participantes.
24 de Abril

O jornal República, em breve notícia, chama a atenção dos seus leitores para a emissão do programa Limite dessa noite, na Rádio Renascença .
24 de Abril

- 22:00 horas Otelo Saraiva de Carvalho e outros cinco oficiais ligados ao MFA já estão no Regimento de Engenharia 1 na Pontinha onde, desde a véspera, fora clandestinamente preparado o Posto de Comando do Movimento. Será ele a comandar as operações militares contra o regime.
24 de Abril
- 22:55 horas A transmissão da canção " E depois do Adeus ", interpretada por Paulo de Carvalho, aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, marca o ínicio das operações militares contra o regime.
25 de Abril
- 00:20 horas A transmissão da canção " Grândola Vila Morena " de José Afonso, no programa Limite da Rádio Renancença, é a senha escolhida pelo MFA, como sinal confirmativo de que as operações militares estão em marcha e são irreversíveis.
25 de Abril

- Das 00:30 às 16:00 horas Ocupação de pontos estratégicos considerados fundamentais ( RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Aeroporto de Lisboa, Quartel General, Estado Maior do Exército, Ministério do Exército, Banco de Portugal e Marconi).
Primeiro Comunicado do MFA difundido pelo Rádio Clube Português
Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém estacionam no Terreiro do Paço.
As forças paramilitares leais ao regime começam a render-se: a
Legião Portuguesa é a primeira.
Desde a primeira hora o povo vem para a rua para expressar a sua alegria.
Início do cerco ao Quartel do Carmo, chefiado por
Salgueiro Maia, entre milhares de pessoas que apoiavam os militares revoltosos. Dentro do Quartel estão refugiados Marcelo Caetano e mais dois ministros do seu Gabinete.
25 de Abril

- 16:30 horas Expirado o prazo inicial para a rendição anunciado por megafone pelo Capitão Salgueiro Maia, e após algumas diligências feitas por mediadores civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede a comparência no Quartel do Carmo de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel.
25 de Abril

- 17:45 horas Spínola, mandatado pelo MFA entra no Quartel do Carmo para negociar a rendição do Governo.
O Quartel do Carmo hasteia a bandeira branca.
25 de Abril
- 19:30 horas Rendição de Marcelo Caetano. A chaimite BULA entra no Quartel para retirar o ex-presidente do Conselho e os ministros que o acompanhavam, levando-os, à guarda do MFA para o Posto de Comando do Movimento no Quartel da Pontinha.
25 de Abril

- 20:00 horas Disparos de elementos da PIDE/DGS sobre manifestantes que começavam a afluir à sede daquela polícia na Rua António Maria Cardoso, fazem quatro mortos e 45 feridos.
26 de Abril
A PIDE/DGS rende-se após conversa telefónica entre o General Spínola e Silva Pais director daquela corporação.
Apresentação da Junta de Salvação Nacional ao país, perante as câmaras da
RTP.
Por ordem do
MFA, Marcelo Caetano, Américo Tomás, César Moreira Baptista e outros elementos afectos ao antigo regime, são enviados para a Madeira.
O
General Spínola é designado Presidente da República.
Libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche.
27 de Abril
Apresentação do Programa do Movimento das Forças Armadas.
29 a 30 de Abril
Regresso dos líderes do Partido Socialista (Mário Soares) e do Partido Comunista Português(Álvaro Cunhal).
1 de Maio
Manifestação do 1º de Maio, em Lisboa, congrega cerca de 500.000 pessoas. Outras grandes manifestações decorreram nas principais cidades do país.
4 de Maio

O MRPP organiza a primeira manifestação de boicote ao embarque de soldados para as colónias. A Junta de Salvação Nacional previra a necessidade de envio de alguns batalhões de militares para substituirem a tropa portuguesa ainda em território africano e cujo período de mobilização já terminara. Pensava-se também que seria importante manter as Forças Armadas Portuguesas em África até final das negociações com os Movimentos de Libertação Africanos, com vista à independência dos territórios.
16 de Maio

Tomada de posse do Iº Governo Provisório, presidido por Adelino da Palma Carlos.
Do I Governo fazem parte, entre outros,
Mário Soares, Álvaro Cunhal e Sá Carneiro.
20 de Maio
Américo Tomás e Marcelo Caetano, com o conhecimento da JSN mas não do Governo, partem para o exílio no Brasil.
25 de Maio

Início das conversações com o PAIGC.
26 de Maio

É fixado o primeiro Salário Mínimo Nacional em 3300$00.
Maio / Junho Grandes conflitos laborais e lutas de trabalhadores começam a surgir em algumas das grandes empresas portuguesas LISNAVE, TIMEX, CTT.
Inicia-se um grande movimento popular de ocupações de casas desabitadas que vai prolongar-se por vários meses. A Junta de Salvação Nacional legaliza, em 19 de Maio, as ocupações verificadas e proíbe novas ocupações.
6 de Junho

Conversações preliminares com a FRELIMO, em Lusaka, com vista à independência de Moçambique.
8 de Julho

É criado o COPCON, chefiado por Otelo Saraiva de Carvalho
9 de Julho

O Primeiro Ministro Palma Carlos pede a demissão do cargo por alegadamente não ter condicões políticas para governar numa clara alusão ao peso da influência do MFA. Com ele solidarizam-se alguns ministros do seu Gabinete entre eles Francisco Sá Carneiro
12 de Julho
Vasco Gonçalves é indigitado por Spínola para o cargo de Primeiro Ministro.
18 de Julho

Tomada de posse do IIº Governo Provisório, presidido por um homem do MFA, o General Vasco Gonçalves.
27 de Julho
Spínola reconhece o direito à independência das colónias africanas.
Julho / Agosto Greves da MABOR, TAP, SOGANTAL e JORNAL DO COMÉRCIO.
8 de Agosto
Motim de ex-agentes da PIDE/DGS presos na Penitenciária de Lisboa.
28 de Agosto
Promulgação da Lei da Greve.
31 de Agosto

Por despacho conjunto do Ministério da Admnistração Interna e do Ministério do Equipamento Social é criado o SAAL vocacionado para intervir na área da habitação social. No processo SAAL colaboraram então alguns dos arquitectos portugueses hoje internacionalmente reconhecidos, como Siza Vieira e Alves Costa. Ficaram célebres as áreas de intervenção do Barredo no Porto, as de Setúbal e de Évora.
6 de Setembro
Acordos de Lusaka entre a FRELIMO e o Governo Português.
7 de Setembro

Tentativa de tomada de poder pelas forças neo-colonialistas em Lourenço Marques.
9 de Setembro
O Governo Português reconhece a Guiné-Bissau como país independente.
10 de Setembro
Apelo de Spínola à chamada Maioria Silenciosa, numa tentativa de procurar o apoio dos sectores mais conservadores da sociedade portuguesa. Em resposta a este apelo surgem na imprensa, dias mais tarde, notícias que anunciam para dia 28 uma manifestação de apoio a Spínola.
26 de Setembro

António de Spínola e Vasco Gonçalves assistem a uma corrida de toiros no Campo Pequeno. Vasco Gonçalves é apupado por manifestantes conotados com a Maioria Silenciosa.
8 2de Setembro
Em resposta à anunciada manifestação da Maioria Silenciosa são organizadas barricadas populares junto às saídas de Lisboa e um pouco por todo o país. No final dessa noite, os militares substituem os civis nas barricadas. Mais de uma centena de pessoas, entre figuras gratas ao regime deposto, quadros da Legião Portuguesa e participantes activos da manifestação abortada da Maioria Silenciosa, são detidas por Forças Militares.
30 de Setembro
Apresentação da demissão do Presidente da República General António de Spínola e nomeação do General Costa Gomes.
Tomada de Posse do III Governo Provisório, chefiado por Vasco Gonçalves.
6 de Outubro

"Um dia de trabalho para a Nação" proposto pelo Primeiro Ministro. Um domingo é transformado em dia útil de trabalho oferecido gratuitamente pelos trabalhadores ao país. A adesão é significativa e o resultado financeiro desta campanha será dias mais tarde estimado pelas entidades oficiais competentes em cerca de 13000 contos.
27 de Outubro

O Governo anuncia as Campanhas de Dinamização Cultural, empreendidas pela 5ª Divisão do EMGFA com o objectivo de "cumprir integralmente o programa do MFA e colocar as Forças Armadas ao serviço de um projecto de desenvolvimento do Povo Português".
11 de Novembro
O Ministério da Educação e Cultura institui o Serviço Cívico Estudantil, ano vestibular antes da entrada definitiva no ensino superior e que mobilizou milhares estudantes para brigadas de alfabetização e de educação sanitária junto das populações.
7 de Dezembro

Por decisão do Governo é decidido o pagamento do 13º mês aos pensionistas do Estado.
9 de Dezembro
Tem início o renceamento eleitoral com vista à realização das primeiras eleições em liberdade.
13 de Dezembro

Os Estados Unidos concedem ao governo português um importante empréstimo financeiro no âmbito de um Plano de Ajuda Económica a Portugal.

Biografia de Salgueiro Maia

Salgueiro Maia
Militar de méritos reconhecidos, dotado de uma inteligência superior e de uma coragem e lealdade invulgares, dele se diz "ter sido o melhor de entre os melhores dos corajosos e generosos Militares de Abril". Nasceu em Castelo de Vide. Fez os estudos secundários no Colégio Nun'Álvares, em Tomar e no Liceu Nacional de Leiria. Entrou para a Academia em 1964 e em 1966 ingressou na Escola Prática de Cavalaria de Santarém. Combateu na Guiné e em Moçambique, já com a patente de capitão.Foi um dos elementos activos do MFA. No dia 25 de Abril de1974, comandou a coluna militar que saiu da EPC de Santarém e marchou sobre Lisboa, ocupando o Terreiro do Paço. Horas mais tarde comanda o cerco ao Quartel do Carmo que termina com a rendição de Marcelo Caetano. Foi membro activo da Assembleia do MFA, durante os governos provisórios, mas não aceitou qualquer cargo político no pós 25 de Abril. Faleceu em Santarém, a 3 de Abril de 1992, vítima de cancro.

Papeis Importantes Na Revolução de Abril

Álvaro Cunhal
Carismático secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP),foi, nos anos 40, o autor da reestruturação desta formação política na clandestinidade. Esteve preso durante mais de 13 anos, no tempo da ditadura. A sua recambolesca evasão do forte de Peniche, a 3 de Janeiro de 1960, constituiu um dos acontecimentos marcantes da Resistência.
Residente no estrangeiro desde essa data, regressou a Portugal no dia 30 de Abril de 1974, para ocupar o cargo de ministro sem pasta, nos dois governos provisórios e traçar assim as linhas da estratégia do seu partido. Idolatrado pelos comunistas portugueses, foi, enquanto existiu a URSS, um defensor intransigente da sua política.

Diogo Freitas Do Amaral

Ex-discípulo e colaborador de Marcello Caetano na Faculdade de Direito de Lisboa, foi, com Adelino Amaro da Costa, um dos fundadores do CDS como partido conservador «rigorosamente ao centro». Viria a afastar-se desta formação quando ela enverdou por caminhos dos quais discordou.
Nos anos mais recentes tem surpreendido por tomadas de posição por vezes consideradas de «esquerda».

Mário Soares
Secretário-geral do partido Socialista (PS) desde a sua fundação na Alemanha, em 1973, e antes disso de Acção Socialista Portuguesa (ASP), é, desde os tempos de clandestinidade, o político português que disfruta de maior projecção Internacional. Depois de, na juventude ter sido militante comunista (pertenceu à Comissão Central do MUD e fundou o MUD juvenil), abandonou o PCP e manteve-se desde então ligado a praticamente todas as actividades da oposição democrática, tendo defendido como advogado inúmeros presos políticos. Ele próprio detido por diversas vezes, acabaria por ser deportado por salazar para a ilha de S. Tomé, de onde regressou após a subida de Caetano ao poder. Na altura do 25 de Abril encontrava-se exilado em França. Ministro dos negócios estrangeiros dos três primeiros governos privisóris pós-25 de Abril e ministro sem pasta no IV, está indelevelmente ligadoà primeira fase de descolonização. Viria a chefiar o primeiro governo constitucional (ascendendo muito mais tarde, como se sabe, à Presidência de República). Após a radicalização esquerdista de 11 de Março de 1975, encabeçou a luta contra o «gonçalvismo», que viria a ser coroada de êxito com a estabilização democrática e a adesão do País à CEE, actual União Europeia.

Francisco Sá Carneiro

Depois de ter sido a pricipal figura da «ala liberal» dos últimos anos de Assembeleia Nacional corporativa, renunciou às funções de deputado por se ter apercebido de impossibilidade de fazer evoluir o regime de Marcello Caetano para uma democracia. Logo após o 25 de Abril seria um dos fundadores do Partido Popular Democrático (PPD), o actual PSD. As trágicas circunstâncias da sua morte, na queda de um pequeno avião em Camarate, ainda hoje continuam a suscitar paixões, sendo venerado por muitos como um mártir.

Ramalho Eanes
Eleito Presidente da República em 1976, defendeu a nova Constituição em todas as circunstâncias.
Fora antes nomeado para gerir e «arbitrar» a RTP. Coordenou militarmente o contragolpe democrático de 25 de Novembro de 1975.

António de Spínola

Presidente de JSN e Presidente de República de Maio a Setembro de 1974, fora comandante chefe e governador da Guiné de 1968 a 1973 e vice-chefe do EMGFA. No livro Portugal e o Futuro advogara a tese federalista para as colónias, que tentou levar à prática quando PR.
Foi obrigado a demitir-se depois do falhanço do golpe-manifestação da «maioria silenciosa». Envolvido na tentativa de golpe de 11 de Março de 1975 fugiu para Espanha e de seguida para o Brasil. No exílio, fundou o Movimento Democrático para a Libertação de Portugal (MDLP), apoiado pelo remanescente do antido regime.

Salgueiro Maia
Verdadeiro protagonista das operações militares que derrubaram o «Estado Novo» em Lisboa, prendeu Marcello Caetano à frente de coluna de EPC que cercou o quartel de GNR do Carmo. Afastando da luta de tendências no seio do MFA (movimento das Forças Armadas), não quis fazer política e regressou às suas funções na arma de Cavalaria, logo após o triunfo da revolução.

O 25 de Abril

Há 31 anos, em vésperas do 25 de Abril, Portugal era um país antiquado, no mundo ocidental, tratava a guerra com três frentes africanas (Angola, Moçambique e Guiné), fortemente apoiadas pelo terceiro mundo, e fazia face a sucessivas condenações das Nações Unidas e ao incómodo dos seus tradicionais aliados.
Para os jovens de hoje será talvez difícil imaginar o que era viver neste Portugal há 31 anos atrás, onde era rara a família que não tinha alguém a combater em África, o serviço militar durava 4 anos, as opiniões do povo contra o regime e contra a guerra eram severamente proibidas pelos aparelhos censórios e policiais.

Introdução ao tema 25 de Abril de 1974

O tema da revolução de Abril surgiu por curiosidade minha em relação à época em que os nossos pais viveram a sua juventude.
Pretendo assim que tanto eu como quem ler este trabalho tenha mais apreço pelo país em que vivemos actualmente, e que tenhamos consciência de que a liberdade que gozamos é fruto de muito sofrimento, devendo ser preservada.
No final deste trabalho voltaremos a falar, sobre esta página importante na nossa vida como na dos nossos antepassados.