Monday, March 21, 2005

João e as Estrelas

Há muitos anos atrás, numa pequena aldeia, havia uma família muito pobre que vivia num casebre, perto de um aglomerado de casas.
Essa família era constituída, por seis membros: três irmãos, uma irmã e os pais, que mal tinham que comer e de vestir.
Numa noite de estrelas, onde todos dormiam, um dos irmãos, João ouviu um chamar lá do longe. Era uma estrelinha muito pequenina chamada Âmbar, que viajava em busca do menino perdido.
João espreitou da sua pequena janela, e meio ensonado perguntou o esta queria. A estrela disse que vinha buscar João para a terra das estrelas, onde haveria um lugar ao sol para ele. João sentia alguma tristeza em deixar a família, porque apesar de serem pobres, era a sua família. Mas aceitou, dado que achava que a família ficaria feliz se este tivesse uma vida mais fácil.
E lá foi João, universo adentro, no meio das estrelas. João fascinava-se de ver aquilo que há horas atrás era apenas um sonho, do qual não quereria acordar.
Sempre no desejo de chegar à terra prometida, as horas passaram-se num instante, em breve estaria na terra das estrelas.
Chegaram finalmente. Tudo parecia infinito! Tudo parecia mágico!
Mas de repente, João sentiu uma enorme dor no peito que o afogueava. Era a sua família que ao acordar deu por falta de dele, que sem deixar uma carta se tinha ido embora. E cá em baixo na Terra, uma preocupação, se ocupara da família que num desaforo, corria pelos aglomerados e gritavam: «João desapareceu!». Mas ao ver que este não se encontrava ali, foram para casa. Uma enorme tristeza se lhes colava à cara.
Foi então João, que já não aguentava aquela aflição, pedir à estrelinha Âmbar que o levasse à Estrela Superior.
Chegando à Estrela Superior, João pediu que trouxesse a sua família. Mas a Estrela superior, disse que não, e João teve de voltar a casa de Âmbar na esperança que um dia estar junto da sua família.
Passaram-se meses, João deixara de ter alegria, todos os dias a sua cara apresentava uma maior tristeza.
Âmbar, que já não conseguia ver João naquele estado, levou-o por própria iniciativa até à Estrela Superior. Mas desta vez, a Estrela comoveu-se depois de muito pensar pediu a Âmbar que trouxesse a família da Terra.
Uma enorme felicidade, se colara à cara de João. Este chorava de alegria. Era o dia mais especial da sua vida!
Passados dias, era o momento. Âmbar chegava com a família de João.
Nunca fora jamais vista uma alegria como aquela, as saudades morreram ali, foi uma festa tão grande...
João contou das suas aventuras, e de como fora a triste experiência longe da família. Mas agora estavam juntos, e assim estarão para todo o sempre.
E é assim que termina esta história, e daqui podemos concluir que é muito importante ter uma família.

8 Comments:

At 2:18 PM, Anonymous Anonymous said...

Gostei muito da história, está muito boa. Tens uma boa imaginação.

Continua assim!!!

 
At 2:39 AM, Anonymous Anonymous said...

Meu querido!
A tua história é tão linda que até me fez chorar. mas fiquei orgulhosa de ter um sobrinho com 12 anos que escreve tão bem e com tanta sensibilidade. Se me deres licença até vou publicar esta história num dos meus blogs porque eu quero que as pessoas que me lêem possam conhecer a tua história e também vou divulgar o teu blog! Queres? Beijinhos da tia Dadinha, muito orgulhosa do seu discípulo bloguista!

 
At 12:03 PM, Anonymous Anonymous said...

Tu sais à tua tia! Caramba! Com 12 anos! Então quando tiveres 20, vamos lá ver o que estarás a escrever! Olha gostei que a tua tia me tivesse mandado o teu blog e também gosto dos bonecos que lá pões; são muito giros!

Beijinhos,
Ana Catarina

 
At 2:22 PM, Anonymous Anonymous said...

Uma história muito bonita, que é um grito de alerta para a importância da familia nas nossas vidas. Tens garra e imaginação, continua assim..! Beijinhos

 
At 2:40 PM, Anonymous Anonymous said...

Fiquei muito sensibilizada com a tua história que reflecte o teu Ser.
Continua nesse lindo despertar!
Beijinhos,
Etelvira

 
At 2:55 PM, Anonymous Anonymous said...

Olha Henrique,
Li a tua história e apesar de bem escrita, leva-me a repensar o sentido dessa viagem.Para ti foi lindo, mas pensaste na tua mãe, nos teus irmãos, no teu pai? Em todos os que ficaram cá e que choravam porque nem sabiam onde tu estavas? Parece-me que não!
É preciso pensar que partilhar a vida, não é só tomar a dianteira e fazer o que se deseja; primeiro é preciso pensar naquilo que eles desejariam fazer enão arrastá-los atrás de ti. Só tens que lhes comunicar onde estás para que fiquem sossegados, mas deixa-os estar onde gostam de estar. Estou a falar como se o personagem da história fosses tu e não o João, mas este é um conselho que aqui deixo para tu próprio dares ao teu amigo João. Cada um deve procurar a sua própria vida e deixar que os outros escolham a deles!

Um beijo da Cristina

 
At 7:52 AM, Blogger Andre Moa said...

Caro jovem poeta-escritor:
li a tua estória duas vezes, porque à primeira fiquei embasbacado perante a facilidade com que, em meia dúzia de linhas,constrois uma estória que vai da terra ao céu, fala da pobreza, da união e do amor familiares, das estrelas...
Tens uma imaginação e uma capacidade de fantasiar muito grandes. Permite-me um desafio: que faz uma família de seis elementos, todos ainda tão novos, suponho, entre as estrelas? Manda-as já de volta para a Terra e põe-nas a fazer pela vida. Pela sua vida e pela vida dos outros.Tá?
Parabéns e um abraço. Pés na terra e cabeça lúcida. Felicidades.

 
At 10:50 AM, Blogger deraz said...

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